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Os programas do museu
Foi longo o percurso que levou à concretização deste Projecto que se desdobraria em múltiplas tarefas e programas.
Todo o trabalho partiu de um plano museológico criterioso e detalhado.
Este plano integrou-se com o programa museológico definido, criando a conceção plástica e a dinâmica de circulação no Museu.
O projeto de acessibilidade faz deste Museu um Museu de Todos.
Todas as soluções de acessibilidade disponíveis são discretas e abertas, podendo ser utilizadas tanto por pessoas com necessidades especiais como por todos os visitantes, promovendo a autonomia, a experiência pessoal, o conforto e a segurança.
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Plantas táteis do museu
No museu, que tem dois pisos, desenvolvemos 6 áreas temáticas, distribuídas por várias zonas.
No RÉS-DO-CHÃO mostramos as origens.
No espaço 2, encontrará os tempos geológicos e paleontológicos deste território e informações sobre os primeiros habitantes da Região.
No 3, abordam-se os tempos pré-históricos até a idade do ferro.
No espaço 4 poderá conhecer Collipo e o período de dominação romana e, depois de um salto no tempo, a Época Medieval que antecedeu à história da Batalha.
No PRIMEIRO ANDAR encontrará 4 espaços bem distintos:
No nº 5, na zona central, o espaço Tempo e Memória, que conta a história da Batalha desde a construção do Mosteiro e a fundação da Vila até a actualidade.
No espaço nº 6 fazemos uma breve passagem pela biodiversidade e damos a conhecer o Concelho da Batalha na actualidade através de um núcleo multimédia.
No espaço nº 7, chamado “ninho de projectos”, poderá encontrar exposições temporárias criadas por iniciativa da comunidade e realizadas em colaboração com este Museu.
Na área marcada com o nº 8, está o laboratório da memória futura. Nele encontrará postos de consulta para quem queira aprofundar os seus conhecimentos sobre este Concelho.
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As Origens
Esta área conduz-nos pela história da evolução do território e da vida da região nos últimos 250 milhões de anos até ao Século XIV. Com a Batalha de Aljubarrota e a promessa de D. João I em construir uma grande igreja, nasce o que é hoje a Batalha. Este percurso faz-se através das seguintes abordagens:
Geologia e Paleontologia do Território
Os primeiros seres humanos na Batalha
Do paleolítico à dominação romana
De Collippo ao Mosteiro
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Barra do Tempo
Começamos a nossa viagem tomando consciência – através da barra do tempo que introduz a nossa exposição no MCCB – , de quão recente é a nossa história quando vista à escala da do universo. Aquilo que se conta neste Museu concentra-se apenas entre os dois últimos marcos desta barra do tempo.
Na escala, as finas linhas divisórias brancas que separam cada acontecimento medem 1,17 mm e representam 4 milhões de anos, mais ou menos o tempo que nos separa dos nossos primeiros antepassados.
Universo, galáxias, … mundos exteriores ao nosso planeta… aqui se fazem representar por um meteorito … uma lembrança do muito que está para além da terra. fechar
Aqui foi mar
As rochas do território em que se integra o concelho da Batalha contam-nos, através dos registos geológicos e paleontológicos, uma longa história que nos faz recuar a mais de 200 milhões de anos.
No MCCB sentimos a presença do mar nos FÓSSEIS das rochas que marcam a paisagem das serras. Os calcários que as constituem datam sobretudo do Jurássico Médio e ter-se-ão formado em ambientes marinhos litorais ou de mar aberto.
Deste período existem ainda na região evidências de dinossáurios de importância mundial, como na “Pedreira do Galinha”, onde encontramos extensos trilhos de pegadas de saurópodes excecionalmente bem preservados.
As serras também marcaram a vida das populações que aqui se instalaram ao longo dos tempos. Nelas existem recursos importantes, como o lignito, usado como combustível; o sal-gema, como conservante; ou o calcário que serviu para a construção do Mosteiro. fechar
Entre o mar e a terra
As rochas do território em que se integra o concelho da Batalha contam-nos, através dos registos geológicos e paleontológicos, uma longa história que nos faz recuar a mais de 200 milhões de anos.
Os calcários que constituem a zona serrana datam sobretudo do Jurássico Médio e ter-se-ão formado em ambientes marinhos litorais ou de mar aberto.
Em contraste com as Serras, a oeste do Planalto de São Mamede, encontramos uma zona de relevos suaves onde as linhas de água escavaram vales encaixados. O mais importante é o Vale do Lena, onde as rochas, sobretudo argilosas, margosas e arenosas, são facilmente destruídas pela erosão.
No Jurássico Superior, o território seria caraterizado por ambientes marinhos litorais ou mesmo já terrestres, evidenciados pelos abundantes fósseis de moluscos de água doce, crocodilos, peixes, tartarugas e dinossáurios que se encontraram nesta região.
O fóssil da imagem, muito bem preservado na pedra calcária, data do período do Jurássico Superior (161-146 Milhões de anos) quando o território apresentaria ambientes marinhos litorais ou mesmo já terrestres.
A peça encontra-se exposta na vitrine que o MCCB dedica à evolução do Território. fechar
O Stegossaurus
Em 1999, foram encontrados na Batalha fósseis pertencentes a um STEGOSSAUROS, um gigante herbívoro até então apenas identificado no continente americano.
A presença desta espécie na região reforçou a hipótese da proximidade dos dois continentes (americano e europeu) no período jurássico.
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Peças do Jurássico superior – para tocar
Descrição pormenorizada - Foto: Peças do Jurássico superior – para tocar
Estas três peças são exibidas junto à área que o MCCB dedica ao período do Jurássico Superior e aos ambientes marinhos litorais evidenciados pelos abundantes fósseis de moluscos de água doce, crocodilos, peixes,tartarugas e dinossáurios.
São três fósseis distintos:
1. Vértebra da cauda de um dinossáurio
2. Molde interno de um gastrópode
3. Pedaço de caule de uma gimnospérmica fechar
São três fósseis distintos:
1. Vértebra da cauda de um dinossáurio
2. Molde interno de um gastrópode
3. Pedaço de caule de uma gimnospérmica fechar
Estas três peças são exibidas junto à área que o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha - MCCB dedica ao período do Jurássico Superior e aos ambientes marinhos litorais evidenciados pelos abundantes fósseis de moluscos de água doce, crocodilos,peixes , tartarugas e dinossáurios.
São três fósseis distintos:
1. Vértebra da cauda de um dinossáurio
2. Molde interno de um gastrópode
3. Pedaço de caule de uma gimnospérmica fechar
O Carso
Movimentos tectónicos de compressão provocaram o levantamento dos estratos depositados no fundo da Bacia Lusitaniana. O bloco que se elevou constitui atualmente o Maciço Calcário Estremenho. Assim, os sedimentos formados no fundo do mar são hoje rochas no alto das Serras. E os fósseis que nelas se encontram não são mais do que os restos de antigos organismos marinhos.
Calcários como os das Serras da região da Batalha, quando sujeitos às chuvas e aos ventos, dissolvem-se, formando um conjunto de formas naturais a que se chama “carso”.
Também os cursos de água, ao dissolver o calcário do seu leito, podem infiltrar-se entre as rochas, transformando-se em rios subterrâneos. Por vezes voltam a aparecer à superfície, como acontece nas Nascentes do Rio Lena ou nas cascatas do Buraco Roto em Reguengo do Fetal. fechar
A cadeia humana
A capacidade de utilizar os elementos da natureza em seu redor para facilitar as suas tarefas, marcou o início da diferenciação do ser humano com os restantes animais. Mas, desde as primeiras experiências do Australopitecus há 4 milhões de anos até as realizações do homo sapiens, foi preciso um longo percurso, marcado por avanços e recuos, para que chegasse o tempo da conquista do meio que o rodeava.
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Três réplicas de crânios – peças para tocar
As três réplicas de crânios, em exposição no MCCB, representam três marcos fundamentais da evolução humana.
O Australopithecus afarensis, que viveu entre 4 e 3,2 milhões de anos, era já um pré-homínido bípede. Vivia organizado em bandos e tinha uma alimentação omnívora. O formato do crânio revela mandíbulas fortes e uma capacidade craniana reduzida Teria uma capacidade de mais ou menos 400cm3.
O Homo erectus apareceu em África há 1,5 milhões de anos. Tinha já uma postura mais vertical e a sua caixa craniana aumentara para 900cm3 aproximadamente.
O Homo neanderthalensis, que habitou a terra num período que vai entre os 200 mil e os 45 mil anos, tinha uma estrutura corporal robusta e estatura baixa, mas uma grande capacidade craniana de 1400cm3. Ocupou uma vasta região da Europa, incluindo Portugal e esta zona. Coexistiu com o homem moderno até a sua brusca extinção.
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As primeiras comunidades de caçadores-recolectores
A ocupação humana nesta região data de há 300.000 anos e os principais testemunhos são as pedras lascadas encontradas em areias e cascalheiras depositadas pelo rio Lena. Pensa-se que foram realizadas por um hominídeo mais antigo que o de Neanderthal, eventualmente uma forma próxima do Homo Erectus.
Em Casal de Azemel, com cerca de 200.000 anos, foram encontrados unifaces e bifaces que evidenciam uma cultura mais elaborada, fruto de um segundo fluxo migratório destas comunidades. fechar
As primeiras comunidades agro-pastoris
A região da Batalha possui diversas grutas naturais que terão sido utilizadas para as deposições funerárias das comunidades agro-pastoris que aqui habitavam. No vale da Pia da Ovelha foram encontradas as necrópoles de Buraco dos Ossos, Buraco Roto e Forneco da Moira. Ali se acharam urnas incinerarias que remontam a 2000 antes de Cristo.
No MCCB poderão ser vistos alguns vestígios destas comunidades, destacando-se alguns vasos funerários e uma urna cinerária com tampa decorada com a figura de um cavalo. fechar
Collippo e a dominação romana
Descrição pormenorizada - Foto: Collippo e a dominação romana
Fotografia colorida do interior do MCCB. Ao centro destaca-se a figura em mármore branco de um magistrado romano que está sob uma base branca iluminando-o. Ao fundo duas vitrines com acervos relacionados à Collippo. fechar
Foi Roma quem introduziu no território lusitano as primeiras estruturas políticas e administrativas de uma forma organizada. A cidade romana de Collipo representa para a Batalha um primeiro espaço de evolução na construção de uma ideia de cidadania e de direito.
A civitas de Collipo tinha nascido sobre o povoado túrdulo da Idade do Ferro, conquistado pelos romanos. De Roma, recebeu por volta do ano 70 d.C., o estatuto de município, o que conferiu aos habitantes autóctones o direito de cidadania romana, com os privilégios inerentes a esse estatuto.
Transformou-se pelas suas excelentes condições geo-estratégicas, na cidade mais próspera da região, beneficiando da importante estrada litoral que ligava Olisipo a Conimbriga.
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Lápide Romana – peça para tocar
Este fragmento de cipo ou lápide, em calcário marmoreado da região, foi encontrado em Forneiros, em 1947, entre os destroços de um palheiro.
Em letras romanas, sempre maiúsculas, angulosas e harmoniosamente proporcionais, distinguem-se ainda algumas das palavras esculpidas… no Latim de então, o pequeno retalho revela: “… de setenta anos. Consagrado aos deuses Manes”. fechar
Vida e Morte em Collippo
A prosperidade económica e social de Collipo, que resultava de uma forte organização política e da acção empreendedora das famílias dominantes, manifestava-se através de estruturas públicas como o templo, as termas ou a praça pública, a que chamavam forum.
As distintas campanhas arqueológicas realizadas desde 1963 viriam a revelar importantes achados que permitiram reconstituir aspectos dos edifícios desta cidade romana e levaram a que se identificassem diversas estruturas arquitectónicas e uma grande quantidade de restos de cerâmicas domésticas e de construção bem como de vidro.
Posteriormente, a ruralização da sociedade romana, a decadência do centro urbano e as invasões dos povos bárbaros provocaram o progressivo desaparecimento de Collipo entre os séculos IV e VI.
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Uma Batalha e uma igreja
Descrição pormenorizada - Foto: Uma Batalha e uma igreja
Desenho em sépia da reconstituição do altar da Igreja de Santa Maria a velha. É composto por dois altares, que estão um de cada lado de uma porta em arco. Ao centro e ao fundo, um grande altar com um frontão triangular sustentado por quatro colunas. Os três altares estão vazios. fechar
A Igreja de Santa Maria-a-Velha foi a primeira matriz da Batalha, isto porque, em finais do Século XIV, depois da vitória de D. João I, e do seu exército em Aljubarrota, mediante o voto do Rei em favor da construção do Mosteiro em honra de Santa Maria da Vitória, e com o início da construção do Mosteiro, começou a chegar àquele local, os mestres para a construção do Mosteiro, os obreiros e todo um conjunto de gente ligada a esse grande projecto e houve necessidade de construir um local de culto para as pessoas que já se começavam a fixar ali terem um local próprio para as missas, sobretudo ao domingo.
As pedras que se conservam, embora de construção posterior, relembram a sua total desaparição em 1965, quando a antiga vila da Batalha foi destruída e um novo programa de urbanização alterou a imagem do conjunto monumental para sempre.
Situada a Nor-Nordeste do Mosteiro, possuía dois corpos rectangulares e uma só nave. No interior ostentava um altar-mor com um retábulo em pedra contendo um nicho que albergava a imagem de Nossa Senhora da Vitória.
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Aljubarrota
O enorme quadro de 2 metros por 2 metros, datado de 2009, resulta da encomenda do MCCB ao pintor Mário Rita a que desse expressão plástica a “Aljubarrota”.
Num diálogo simultaneamente tenso e harmonioso, o traço a carvão e as pinceladas de tinta acrílica entram em diálogo realçando-se mutuamente. Se em certos momentos a linha pediu a cor, noutros foi a cor que sugeriu que novo traço fosse desenhado. E essa dialéctica e interacção oferecem-nos uma história também ela apenas sugerida. fechar
Pedra Rendilhada – peça para tocar
Este fragmento de um detalhe varandim do Mosteiro da Batalha, reproduzido pelos alunos da Escola de Artes e Ofícios da Batalha, encontra-se esculpido na mesma pedra calcária de que é feito o monumento. A pedra, extraída dos solos da região, tem uma textura suave e fácil de trabalhar.
Está exposto na área que o Museu da Comunidade Concelhia dedica ao estaleiro de artistas presente no Mosteiro durante quase dois séculos de construção do monumento. fechar
Promessa Real Cumprida
Um vale próximo do campo da Batalha Real, abundante em água para as fundações e perto de boas pedreiras, foi o lugar escolhido para construir uma igreja que perpetuasse a memória e o esplendor da vitória de Aljubarrota e da nova dinastia.
A construção do mosteiro teve diversas fases e envolveu várias gerações de reis. A magnitude da obra obrigou à presença de muitos artistas nacionais e estrangeiros, que durante os séculos XV e XVI marcaram com o seu estilo as diversas etapas da sua construção. É um conjunto de dimensões colossais, só a igreja tem 88 metros de comprimento por 40 de largura e 29 de altura na nave central, tendo a sua flecha mais de 43 metros. fechar
Tempos de glória
Nascer e viver à sombra do Mosteiro, criou nesta terra laços de forte dependência social da Igreja e foi sob a orientação da ordem dominicana, responsável pelo convento, que a comunidade da Batalha deu os seus primeiros passos. As comunidades religiosas desta época eram estruturas poderosas com capacidade para gerir e orientar a sociedade e partilhavam com a coroa tarefas fundamentais de organização, educação e saúde, tanto no campo como nas incipientes cidades. fechar
Sistema de Pesos e Medidas – réplica para tocar
Esta é uma das mais marcantes peças do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, simbolizado a institucionalização da Vila da Batalha no reinado de D. Manuel I. Trata-se do Sistemas de Pesos e Medidas que o rei ofereceu à Batalha. A peça, em bronze, está em vitrine no Museu, existindo uma réplica que pode ser tocada.
Arrumados de forma sistemática e ordenada, dentro de uma caixa cilíndrica também ela feita em bronze, encontram-se vários copos medidores que encaixam perfeitamente uns dentro dos outros, cada um com determinada capacidade e peso.
A caixa que guarda os copos tem vários detalhes interessantes. A tampa está presa por dobradiças resistentes ligadas a uma estrutura que atravessa a tampa e que termina num fecho que forma a cabeça de um animal. A pega forte e trabalhada encaixa em duas esferas armilares – o símbolo do Rei D. Manuel I. À frente destas, em relevo, encontram-se dois brasões onde se destacam as cinco quinas da empresa nacional.
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Tempos de esquecimento
Entre os séculos XVIII e XIX, a Vila da Batalha entrou numa fase de grande decadência, fruto das destruições do terramoto de 1755, das invasões francesas e da expulsão dos frades dominicanos do Mosteiro, em 1834.
As descrições dos relatores oficiais, os numerosos livros publicados e os desenhos realizados por visitantes devolveram a memória e a vida, quase perdidas, da vila e do convento. fechar
Vidas Perdidas - Peça para tocar
O século XVIII, foi um século de contrastes profundos em que a chegada do Iluminismo e das inovações políticas e sociais pombalinas contrastaram com o absolutismo real, as malhas da Inquisição e o atraso secular da sociedade portuguesa.
Esta lápide é uma homenagem às muitas vidas que se perderam nestas décadas em Portugal, fruto do terramoto de 1755 e da miséria provocada pelas guerras napoleónicas, em que a população foi sempre vítima involuntária.
Os tempos difíceis de então estão espelhados na simplicidade desta pedra em tons de branco-pérola. Aqui estará cerca de 2/3 da pedra original. Nela decifra-se parte da mensagem:
“Sepultura de M… Couto… Rodo… e de seus herdeiros…”
Para além das letras de traço simples, fazendo lembrar os antigos inscritos romanos, destacam-se ainda a moldura que contorna o topo e o lado esquerdo da lápide e o pequeno arabesco no canto inferior direito.
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Tempos de recuperação
Durante o século XIX, a comunidade batalhense enfrentou um período difícil, marcado pela luta da defesa do seu concelho.
Tinha sido extinto em 1836, num período de grande degradação do mosteiro, tendo mesmo sido transferida a sede da freguesia para o convento. Foi, no entanto, restaurado um ano depois, em 1837, e durante mais de 50 anos, as obras de recuperação do mosteiro e o início da lavra mineira impulsionaram a actividade municipal.
Mas a sua extinção e integração no Concelho de Leiria, de novo em 1895, provocariam uma forte reacção da comunidade que apresentou um abaixo-assinado ao rei D. Carlos em 1897. A restauração definitiva teria lugar por real decreto de 13 de Janeiro de 1898.
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A República e a Educação em Portugal
Descrição pormenorizada - Foto: A República e a Educação em Portugal
Imagem colorida de seis livros infantis. Dois, ao fundo estão posicionados na vertical e os outros quatro estão na horizontal. fechar
O século XX deu a Portugal um novo sistema de governação: a República.
A reestruturação da instrução pública foi uma das suas prioridades, que incluiu a reorganização da escola primária e a renovação na formação dos professores.
A Batalha seria beneficiária, como as restantes regiões portuguesas, da expansão da Educação para todos.
A história do Ensino na Batalha tem origem no Convento de Santa Maria da Vitória que foi, durante o século XV, local de estudo e de pregação, orientado pela Ordem Dominicana. O teólogo e filósofo Frei Bartolomeu estendeu o ensino ao grau universitário, transformando o convento em “Studium”, até à expulsão das ordens religiosas em 1834.
No XIX, António Cândido da Encarnação financia a construção da primeira escola da Batalha, numa época em que a instrução pública se torna obrigatória às camadas populares.
Com o Estado Novo, no século XX, o sistema educativo português evoluiu significativamente, sendo marcado pela doutrina do regime ditatorial.
Na Batalha, a filantropia apoiava a actividade escolar. Em 1954, António Oliveira Zuquet cedeu um espaço para instalação de uma Cantina Escolar. O Comendador Pedro Monteiro Pereira Queiroz, radicado no Brasil, apoiou as obras da cantina e mandava dinheiro para alimentar, vestir e calçar as crianças mais pobres.
A revolução de Abril de 1974 alterou profundamente a Educação. O aluno, orientado pelo professor, passa a ser o centro da atitude instrutiva, tendo à sua disposição novos meios de informação e comunicação.
A escola proporciona, a partir de então, a construção do saber de uma forma activa e interventiva, contribuindo para uma educação de cidadania democrática, com apoio das tecnologias, cada vez mais evoluídas. fechar
A cidadania e o Laboratório da Memória Futura
Durante todo o século XX, a simplificação dos mecanismos da escrita, a expansão da literatura e da imprensa nacional e local e o desenvolvimento dos media foram os passos essenciais que antecederam o imparável mundo da comunicação de hoje.
Objectos com apenas 100 anos, como os que aqui se encontram e que são hoje vistos como primitivos, foram o ponto de partida e a semente dos sofisticados e ultra rápidos meios de informação e de contacto actuais.
Os computadores ou a Internet, que tão bem caracterizam o início do século XXI, são herdeiros destes primeiros meios de comunicação de massas, que representaram avanços significativos no século passado.
Com eles e fruto dos trabalhos do LABORATÓRIO DA MEMÓRIA futura e dos programas de ACTIVIDADES COMUNITÁRIAS preparam-se os tempos que se seguirão, aumentando o saber, promovendo a interculturalidade e descobrindo novos valores na comunidade.
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Prensa de Encadernação – peça para tocar
Desde os finais do século XIX e durante todo o século XX que se assiste à simplificação dos mecanismos da escrita, à expansão da literatura e da imprensa nacional e local. Destaca-se a prensa encadernadora feita no ferro fundido que vem substituir as prensas de madeira. A alteração do material o traduziu-se numa maior eficácia do sistema de encadernação. Esta peça foi utilizada na Câmara Municipal da Batalha e está em exposição no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha. É uma peça que se pode tocar e girar, de forma a obter-se uma melhor percepção do seu sistema rotativo. fechar
Atividades Comunitárias
Dando cumprimento à missão de investigação permanente e a sua vocação de partilha cultural, o MCCB desenvolve programas de investigação participada que são o resultado das propostas da população ou de grupos sociais ou culturais dentro da comunidade.
Neste espaço, o “ninho de projectos”, poderá encontrar exposições temporárias criadas por iniciativa da comunidade e realizadas em colaboração com este Museu. Aqui, já estiveram patentes exposições relacionadas com temáticas como o Ensino na Batalha ou a Exploração de Minas de Carvão nesta região.
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Minas da Batalha
A exposição 100 ANOS DE CARVÃO: Minas da Batalha 1854 – 1954 aborda uma atividade que abriu um novo tempo de dinamismo económico para a Batalha.
Resultado de um longo trabalho de investigação com a comunidade, esta exposição pretende prestar a justa homenagem aos homens e às mulheres que contribuíram, durante anos, com o seu árduo trabalho para o desenvolvimento regional.
A extracção de carvão em distintos pontos da serra e a construção de uma via-férrea para o seu transporte foi um marco determinante no progresso desta região. De entre as 44 concessões demarcadas, Alcanadas e Chão Preto foram os dois pólos mais importantes de uma lavra mineira, que perdurou durante um século na Batalha.
Desde a identificação dos diferentes tipos de carvão, passando pelo dia a dia dos mineiros, até ao apogeu industrial e posterior decadência, percorremos cem anos de uma actividade que marcou fortemente a nossa comunidade.
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Despedida
Chegados ao fim desta visita ao MCCB, ficam, em jeito de síntese, as palavras da museóloga Ana Mercedes Stoffel:
"Esta é a história que as pessoas da Batalha quiseram que fosse contada. Com eles construímos uma base de dados que tem mais de 200 ou 300 acontecimentos diferentes que foram votados e deles foram escolhidos os 30 ou 40 fundamentais e são esses que constam nesta história do Museu.
Com eles construímos a história e depois da história construída, procurámos encontrar os objectos da Câmara Municipal, do Museu e das pessoas da comunidade que, sendo ainda deles, estão no Museu para ilustrar, às pessoas que vêm de fora e a eles próprios, a história deste território.
A maioria das peças que se encontram neste museu, não pertencem ao Museu. Pertencem às pessoas que construíram o museu com ela[s]e provavelmente mais tarde ou mais cedo levarão essas peças para casa e outras peças virão. Isso implica que muitas pessoas mais, todos os dias, se envolvem e se continuarão a envolver no museu e é isso que lhe dará vida… o ir conhecendo melhor a história através da história que as próprias pessoas contam e isso se transformar numa construção de futuro bem mais sólida que a mera informação."
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Vitória Alada
Esta escultura feminina, com cerca de 80 cm, é proveniente da cidade romana de Collippo. Encontra-se no final da exposição do MCCB, em jeito de despedida dos visitantes. Produzida em mármore branco, apresente rosto de mulher. De rara beleza escultórica, reveste-se de particular valor por ser uma peça datável (Séc. I), graças ao cabelo que emoldura o rosto, em jeito de trança, contornando a testa da figura. fechar
Recursos de navegação no MCCB online
Contactos
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Largo Goa, Damão e Diu, n.° 4
2440-901 Batalha
Portugal